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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
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SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E
BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA”
JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
NATANA
FIORE FAGUNDES ALVES
SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E
BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA FÍSICA”
Trabalho apresentado pela acadêmica
Natana Fiore como requisito avaliativo na disciplina Fundamentos da Educação
Especial orientada pelo professor José de Andrade.
JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
Síntese do texto “Contribuição
de um programa de jogos e brincadeiras adaptados para a estimulação de
habilidades motoras em alunos com deficiência física”
O objetivo do texto
consiste em verificar a contribuição de um programa de jogos e brincadeiras
adaptados para o desenvolvimento de alunos com deficiência física, realizado em
uma Escola Estadual que possui salas especiais para deficientes físicos.
Participaram do
estudo dois professores responsáveis pelas classes especiais de deficientes
físicos, dois estagiários do Curso de Pedagogia e dezoito alunos deficientes
físicos.
Primeiramente, foi feita avaliação das
habilidades e dificuldades dos alunos; a seguir foi elaborado e aplicado um
programa de intervenção. O programa contou com
17 atividades adaptadas que foram desenvolvidas
em vinte e duas aulas, com duração de
uma hora cada.
Durante o processo
de desenvolvimento de uma criança, o brincar irá passar por inúmeras
transformações, uma vez que o conteúdo das brincadeiras depende: da percepção
que ela tem do mundo dos objetos humanos, da necessidade de agir em relação aos
objetos acessíveis a ela e da necessidade de agir em relação ao mundo do
adulto.
Para Vygotsky (1991), não
existe brinquedo sem regras. Qualquer situação imaginária de qualquer forma de
brinquedo já contém regras de comportamento, embora
possa não ter regras formais estabelecidas. Da mesma
forma, todo jogo com regras estruturadas tem uma situação imaginária.
Leontiev (1991) afirma que
o jogo deixa de ser brincadeira no momento em que a vitória, mais do que a
participação, torna-se o motivador da atividade como, por exemplo, nos jogos
realizados pelos adultos.
Em relação à importância
do jogo para o desenvolvimento da criança deficiente, Ide (2000) afirma que o
jogo possibilita ao deficiente mental aprender de acordo com seu ritmo e suas
capacidades, além de propiciar a integração com o mundo por meio de relações e
de vivências.
A criança com deficiência
física, devido ao déficit motor, encontra maiores dificuldades e poucas
oportunidades para participar de jogos e brincadeiras, pois o seu próprio
corpo, às vezes, não funciona como um recurso inicial.
Acreditamos que o ambiente
em que a criança vive, inclusive as escolas, deveria ser um local prazeroso.
Deveria ser dado à criança o direito de explorar, vivenciar e questionar esse
corpo global, por meio de atividades diversificadas que estimulassem o pensar.
Pessoas com deficiência
física têm grandes dificuldades para se locomoverem com independência.
Em relação à transferência
de posturas, as atividades desenvolvidas possibilitaram aos alunos as seguintes
mudanças: da posição sentados na cadeira de rodas para em pé e desta posição
para a posição sentados no chão, sentados no chão para posição de joelhos,
sentados no chão para a posição de W, da posição sentados no
chão para em pé e desta posição para sentados na
cadeira de rodas.
Ratliffe (2000) nos fala
que, antes de realizar uma transferência, é preciso: acomodar o equipamento
para que fique próximo, solicitar a ajuda de alguém quando preciso, discutir a
movimentação com a criança para planejar como ela pode ajudar, planejar cada
elevação ou transferência do início ao fim, verificar que o ambiente esteja livre
de obstáculos, realizar o movimento a partir de uma base de apoio estável,
manter a criança perto de você quando levantar-se, manter as costas retas e
usar as pernas para se levantar.
Durante as atividades
desenvolvidas, os alunos utilizaram diferentes posicionamentos: sentados no
chão; sentados no chão na posição de buda; posição de gatinho; posição de W; de
joelhos com tronco ereto; de joelhos sentados sobre as pernas; sentados na
cadeira de rodas; sentados no mobiquim; deitados em decúbito
ventral, dorsal ou lateral; em pé.
As atividades realizadas
durante o programa possibilitaram a locomoção, com ou sem auxílio, dos alunos.
A estimulação dos alunos para se locomoverem contribui para a aprendizagem e
coordenação das ações do corpo, para a solução de problemas de ordem corporal
em diferentes contextos, para a regulagem e dosagem do esforço em um nível compatível
com as possibilidades de planejamento e para a interação com outras pessoas.
Desta forma, as atividades
desenvolvidas no programa apresentado no texto parecem ter contribuído para o
desenvolvimento sensório-motor, emocional, social e acadêmico dos alunos
envolvidos.
Em relação ao
desenvolvimento sensório-motor, o programa contribuiu para a estimulação de:
manuseio bimanual ou não de diferentes objetos; sensibilidade tátil, gnósica e
cinestéica; esquema corporal; de lateralidade; noções espaciais; coordenação motora
e inibição de padrão patológico.
Em relação aos aspectos
emocionais, o programa proporcionou uma maior
interação; cooperação e afetividade entre os
participantes.
Em relação ao aspecto
social foram estimulados: a obediência às regras, o respeito ao direito do
outro e o estabelecimento de limites.
Em relação aos aspectos
acadêmicos, foram estimuladas noções de: volume;
distância; tamanho; espessura; cor; conceitos
matemáticos (quantidade, par ou ímpar, contas, maior e menor) e a linguagem.
Portanto, o programa de
jogos e brincadeiras proporcionou aos alunos, o desenvolvimento de habilidades
e conteúdos específicos: estimulou a capacidade de julgamento, estimulou as
habilidades sensório-motoras; a memória e criatividade; trabalhou cores e conceitos matemáticos
(quantidade, números, medidas, formas geométricas, adição, subtração, par/impar);
ampliou o vocabulário por meio da expressão verbal; desenvolveu a capacidade de se relacionar por
gestos e expressões. As atividades propostas ofereceram ainda oportunidades
para que os alunos vivenciassem experiências e sensações diversificadas e
adequadas a realidade de cada um.
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