quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Caixa de texto:   

 















SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”















JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
NATANA FIORE FAGUNDES ALVES















SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”


Trabalho apresentado pela acadêmica Natana Fiore como requisito avaliativo na disciplina Fundamentos da Educação Especial orientada pelo professor José de Andrade.















JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
Síntese do texto “Contribuição de um programa de jogos e brincadeiras adaptados para a estimulação de habilidades motoras em alunos com deficiência física”

O objetivo do texto consiste em verificar a contribuição de um programa de jogos e brincadeiras adaptados para o desenvolvimento de alunos com deficiência física, realizado em uma Escola Estadual que possui salas especiais para deficientes físicos.
Participaram do estudo dois professores responsáveis pelas classes especiais de deficientes físicos, dois estagiários do Curso de Pedagogia e dezoito alunos deficientes físicos.
 Primeiramente, foi feita avaliação das habilidades e dificuldades dos alunos; a seguir foi elaborado e aplicado um programa de intervenção. O programa contou com
17 atividades adaptadas que foram desenvolvidas em vinte e duas aulas, com duração de
uma hora cada.
Durante o processo de desenvolvimento de uma criança, o brincar irá passar por inúmeras transformações, uma vez que o conteúdo das brincadeiras depende: da percepção que ela tem do mundo dos objetos humanos, da necessidade de agir em relação aos objetos acessíveis a ela e da necessidade de agir em relação ao mundo do adulto.
Para Vygotsky (1991), não existe brinquedo sem regras. Qualquer situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora
possa não ter regras formais estabelecidas. Da mesma forma, todo jogo com regras estruturadas tem uma situação imaginária.
Leontiev (1991) afirma que o jogo deixa de ser brincadeira no momento em que a vitória, mais do que a participação, torna-se o motivador da atividade como, por exemplo, nos jogos realizados pelos adultos.
Em relação à importância do jogo para o desenvolvimento da criança deficiente, Ide (2000) afirma que o jogo possibilita ao deficiente mental aprender de acordo com seu ritmo e suas capacidades, além de propiciar a integração com o mundo por meio de relações e de vivências.
A criança com deficiência física, devido ao déficit motor, encontra maiores dificuldades e poucas oportunidades para participar de jogos e brincadeiras, pois o seu próprio corpo, às vezes, não funciona como um recurso inicial.
Acreditamos que o ambiente em que a criança vive, inclusive as escolas, deveria ser um local prazeroso. Deveria ser dado à criança o direito de explorar, vivenciar e questionar esse corpo global, por meio de atividades diversificadas que estimulassem o pensar.
Pessoas com deficiência física têm grandes dificuldades para se locomoverem com independência.
Em relação à transferência de posturas, as atividades desenvolvidas possibilitaram aos alunos as seguintes mudanças: da posição sentados na cadeira de rodas para em pé e desta posição para a posição sentados no chão, sentados no chão para posição de joelhos, sentados no chão para a posição de W, da posição sentados no
chão para em pé e desta posição para sentados na cadeira de rodas.
Ratliffe (2000) nos fala que, antes de realizar uma transferência, é preciso: acomodar o equipamento para que fique próximo, solicitar a ajuda de alguém quando preciso, discutir a movimentação com a criança para planejar como ela pode ajudar, planejar cada elevação ou transferência do início ao fim, verificar que o ambiente esteja livre de obstáculos, realizar o movimento a partir de uma base de apoio estável, manter a criança perto de você quando levantar-se, manter as costas retas e usar as pernas para se levantar.
Durante as atividades desenvolvidas, os alunos utilizaram diferentes posicionamentos: sentados no chão; sentados no chão na posição de buda; posição de gatinho; posição de W; de joelhos com tronco ereto; de joelhos sentados sobre as pernas; sentados na cadeira de rodas; sentados no mobiquim; deitados em decúbito
ventral, dorsal ou lateral; em pé.
As atividades realizadas durante o programa possibilitaram a locomoção, com ou sem auxílio, dos alunos. A estimulação dos alunos para se locomoverem contribui para a aprendizagem e coordenação das ações do corpo, para a solução de problemas de ordem corporal em diferentes contextos, para a regulagem e dosagem do esforço em um nível compatível com as possibilidades de planejamento e para a interação com outras pessoas.
Desta forma, as atividades desenvolvidas no programa apresentado no texto parecem ter contribuído para o desenvolvimento sensório-motor, emocional, social e acadêmico dos alunos envolvidos.
Em relação ao desenvolvimento sensório-motor, o programa contribuiu para a estimulação de: manuseio bimanual ou não de diferentes objetos; sensibilidade tátil, gnósica e cinestéica; esquema corporal; de lateralidade; noções espaciais; coordenação motora e inibição de padrão patológico.

Em relação aos aspectos emocionais, o programa proporcionou uma maior
interação; cooperação e afetividade entre os participantes.
Em relação ao aspecto social foram estimulados: a obediência às regras, o respeito ao direito do outro e o estabelecimento de limites.
Em relação aos aspectos acadêmicos, foram estimuladas noções de: volume;
distância; tamanho; espessura; cor; conceitos matemáticos (quantidade, par ou ímpar, contas, maior e menor) e a linguagem.
Portanto, o programa de jogos e brincadeiras proporcionou aos alunos, o desenvolvimento de habilidades e conteúdos específicos: estimulou a capacidade de julgamento, estimulou as habilidades sensório-motoras; a memória e criatividade;  trabalhou cores e conceitos matemáticos (quantidade, números, medidas, formas geométricas, adição, subtração, par/impar); ampliou o vocabulário por meio da expressão verbal;  desenvolveu a capacidade de se relacionar por gestos e expressões. As atividades propostas ofereceram ainda oportunidades para que os alunos vivenciassem experiências e sensações diversificadas e adequadas a realidade de cada um.


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