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UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO
DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
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RESENHA CRÍTICA DO
TEXTO
“NEOLIBERALISMO E
POLÍTICA EDUCACIONAL”
AGOSTO/2011
JANAÚBA/MG
NATANA FIORE
RESENHA CRÍTICA DO
TEXTO
“NEOLIBERALISMO E
POLÍTICA EDUCACIONAL”
Trabalho apresentado pela acadêmica
Natana Fiore Fagundes Alves como requisito avaliativo na disciplina de
Políticas Educacionais Brasileiras orientada pela professora Renata.
AGOSTO/2011
JANAÚBA/MG
RESENHA
CRÍTICA DO TEXTO
“NEOLIBERALISMO
E POLÍTICA EDUCACIONAL”
O termo neoliberalismo
surgiu pela primeira vez no contexto da recessão econômica em 1929 e durante a
segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na América Latina, a primeira experiência
de Neoliberalismo econômico foi realizada no Chile após a queda do governo
Allende (1973).
A implementação das
políticas neoliberais implicou o redimensionamento do papel do Estado, em que
ficou evidenciada a política de desregulamentação estatal e privatização de
bens e serviços. Assim, podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de
idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do
estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de
comércio, pois este princípio garante o crescimento econômico e o
desenvolvimento social de um país. Dessa forma, a economia neoliberal só
beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os
países pobres ou em processo de desenvolvimento sofrem com os resultados de uma
política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do
neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e
dependência do capital internacional.
No sistema capitalista de
produção, as relações sociais estão baseadas na ideologia do liberalismo,
defende que cada pessoa atinge um determinado status social baseado nos seus
próprios méritos individuais; a liberdade e a propriedade estão associadas na
medida em que cada trabalhador é proprietário de sua força de trabalho, livre
para vender esta força de trabalho aos proprietários dos meios de produção.
No sistema capitalista, a educação é oferecida como uma
mercadoria e a escola tornou-se, na verdade, mais uma empresa à qual se paga
pela obtenção de um serviço.
O neoliberalismo, no que se refere à educação, defende a
escola básica, universal, laica, gratuita e obrigatória a todos. A proposta no
Brasil, por exemplo, é de uma formação geral e polivalente visando a qualificação
de mão-de-obra para o mercado. Essa idéia de preparação de mão-de-obra,
obviamente, está voltada muito mais ao campo técnico do que propriamente
humano. Desse modo, no panorama neoliberalista, o papel da educação é moldado
de acordo com os segmentos que a classe dominante julga pertinente para
beneficiar os seus interesses. Nessa era capitalista, tais interesses são
camuflados atrás de uma preocupação inusitada com a classe pobre e sem
qualificação, quando na verdade, os neoliberais pretendem obter mão- de- obra
qualificada que sirva às necessidades do mercado e lhe garanta lucratividade.
Percebemos que os neoliberais têm
ambiciosas pretensões de reformar a sociedade em seu aspecto político,
econômico cultural e educacional. Para alcançar sucesso em seus objetivos, se
utilizam de ideologias consistentes para convencer a todos de que são boas as
suas intenções e que podem solucionar as crises advindas do modelo capitalista,
inclusive a crise educacional.
É necessário perceber as verdadeiras
intenções do neoliberalismo e compreender suas facetas enganadoras, pois a
princípio a impressão que dá é que, realmente, há uma preocupação com o bem-estar
de todos que compõe a sociedade, independente da classe social a qual pertença,
não apenas com a parte que fica no topo da pirâmide, com a minoria extremamente
privilegiada.
Um bom exemplo das práticas
neoliberais são as várias escolas onde a educação é tida como bem de consumo,
algo com fins, unicamente, lucrativos. Nesse contexto, a educação não tem o
papel de formadora do sujeito em sua completude. Na perspectiva neoliberal, o
sujeito deve ser formado para o mercado de trabalho, para suprir as
necessidades de mão-de-obra qualificada.
Portanto, é importante e urgente que
haja uma verdadeira transformação no âmbito educacional. Isso começará a
acontecer quando se praticar a democratização da qualidade da educação, aquela
que não só forma o profissional para atuar no mercado, mas também forma um
cidadão que reflete e atua na sociedade com consciência e senso crítico.
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