quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A Abrangência da Antropologia

A Abrangência da Antropologia

A palavra Antropologia é composta por dois substantivos de origem grega: anthropos= homem; logos= estudo, razão ou lógica. Sendo assim, antropologia significa “Estudo do homem” ou “lógica do homem”. No primeiro significado, a antropologia faz parte do campo das ciências humanas, assim como a Sociologia ou a Economia. No segundo significado, “lógica do homem”, se refere a temas que estão no campo da Filosofia, da Lógica, da Metafísica e da Hermenêutica.
A Antropologia não foi criada pelos gregos, ou seja, não foi criada pelos mesmos inventores da Filosofia. Pois eles se consideravam superiores a qualquer outra cultura, desrespeitando povos e nações vizinhas. Assim, para que surgisse a antropologia, seria necessário que todos reconhecessem o valor que cada cultura apresenta. Séculos depois, a Europa passou por um momento de quase perda de sua identidade medieval; nesse momento ela passou a perceber outros povos, cada qual com seu jeito de viver.
Segundo a filosofia, a Antropologia é um modo de pensar a diferentes culturas do homem, ou seja, pensar sobre o outro. Para entender outras culturas é preciso se distanciar de sua própria cultura, de seus valores e crenças. Portanto, a Antropologia foi criada como um modo revolucionário e radical do homem pensar a si mesmo, superando os preconceitos e receios sobre o que é diferente, pois só assim poderá entender e vivenciar a cultura do outro.
A Antropologia nasceu no campo da Filosofia, sendo considerada a Filosofia da cultura. Com a teoria da evolução, a Antropologia passou a ser pensada como ciência que contribuiria para enquadrar o homem e suas culturas num plano continuo, ou ao menos paralelo ao plano biológico.

Antropologia como Ciência
A antropologia sendo a “ciência do homem”, ela vai estudar o homem no sentido integral de homem e mulher, de coletividade, mas também de espécie da natureza e de ser da cultura e da razão, como objeto de estudo. Sendo assim, o homem poderá ser objetivado, calculado e medido, assim como acontece com outros objetos científicos.
As ciências humanas - a Sociologia, a Politicologia, a Economia, a Psicologia e a Antropologia – têm o ser humano como seu objeto de estudo, porém cada ciência privilegia ora uma parte, ora um aspecto, ora uma dimensão do homem.
A Sociologia é a ciência que trata da formação e desenvolvimento da sociedade.
A Economia estuda os fatores da riqueza de um povo, ou seja, estuda o homem em seu aspecto material.
A Politicologia estuda a dimensão do poder que permeia as relações entre os homens, as classes sociais, as instituições, principalmente o Estado, as sociedades e as nações.
A Psicologia é a ciência que estuda os fenômenos da vida mental e suas leis; estudando as idéias, as determinações e sentimentos que formam em conjunto o espírito humano.
A Antropologia é uma ciência que visa abordar um pouco de tudo que cada outra ciência humana aprecia. Primeiramente ela busca tratar da natureza do homem, ou seja, da espécie biológica do homem. Posteriormente, a Antropologia estuda o homem como um ser de cultura- que possui valores, crenças, regras e identidade própria-. No sentido metafísico, cultura é uma espécie de “segunda natureza do homem”. Já no sentido empírico, cultura é tudo que o homem faz, além daquilo que sua natureza biológica permite fazer. Isso significa que ele é capaz de produzir seus meios de sobrevivência, pensar e agir na sociedade que estão inseridos.

Antropologia Biológica
A Antropologia Biológica vê e define o homem como um ser da natureza que evoluiu fisicamente durante muitos anos. Nos últimos tempos ocorreram apenas mudanças derivadas de adaptações físicas. O homem se diferencia dos demais animais, por ter adquirido aquilo que chamamos de cultura; incluindo a capacidade de comunicação com sofisticação através do sistema lingüístico, a fabricação e a utilização de ferramentas. Os antropólogos biólogos dão ênfase aos aspectos fisiológicos da evolução do homem, mas não deixam de reconhecer que os aspectos culturais, desde o principio, ajudaram na evolução biológica.
Para a orientação das pesquisas da Antropologia Biológica duas questões são relevantes: a primeira é localizar a posição do homem enquanto Homo sapiens na sua ordem e na sua escala de evolução. Sendo assim, é preciso saber como o homem evoluiu fisicamente, por quais motivos, sob quais condições. A segunda questão é entender o quanto de “animal” ainda existe no homem tal qual é hoje. Isto significa que ação do homem pode está relacionada ao seu instinto animal ou pode derivar de comportamentos adquiridos no curso de sua evolução biológica ou das transformações culturais.
Os Antropólogos biólogos estudam e comparam o esqueleto humano com os esqueletos dos demais primatas, que dão pistas sobre a proximidade do homem com esses animais e possibilita a formulação de hipóteses sobre como ocorreram as mudanças nas suas estruturas ósseas, por que razoes e em que períodos.
A Antropologia Biológica estuda os demais primatas com o objetivo de descobrir o quanto de “animal” existe no homem, o quanto seu comportamento social é próximo ou distante do comportamento social dos seus primos antropóides; porém também estuda o quanto de inteligência existe nos próprios antropóides. Portanto, os estudiosos desta área precisa se aventurar para conhecer como alguns animais se comportam; para isso é necessário coragem, desprendimento e dedicação.

Arqueologia
A Arqueologia é uma ciência relativamente recente que estuda ruínas e fósseis das civilizações antigas, procurando traçar com auxílio da História a origem e a evolução do homem. Ela procura reconstruir o passado por meio das evidencias concretas que podem ser desenterradas: lascas de pedras que um dia foram facas, furadores e raspadores; ossos, esqueletos e corpos mumificados, que podem dar dados sobre idade, doenças e hábitos alimentares.
A preocupação da Arqueologia é contribuir para o conhecimento do homem tanto em sua diversidade cultural quanto em suas transformações culturais, porém ela se concentra naquilo que se foi.
O arqueólogo precisa ter conhecimento de muitos aspectos de outras ciências para melhor avaliar o seu objeto de pesquisa. Para determinar a idade de um sítio arqueológico, por exemplo, necessita tanto do conhecimento da química quanto do conhecimento de Geologia.
No Brasil existem poucos estudos referentes a Antropologia Biológica. Pois a maioria das pessoas acreditam que os primeiros homens que chegaram no continente americano já era o próprio homo sapiens. Os estudos biológicos existentes no pais visa conhecer a diversidade física das populações que habitavam o território brasileiro, como: os indígenas, os africanos e os europeus. Procurando estudar suas cargas genéticas, suas composições imunológicas e, principalmente, a miscigenação que ocorreu no país.
A Antropologia Cultural contribuiu para que o preconceito em relação a raça fosse diminuído; pois propôs e consolidou a idéia de que apesar de o homem ter suas diferenças biológicas, todos possuem inteligências e potencialidades.
A Antropologia pesquisa à quanto tempo o homem está nas Américas e quando chegou no Brasil, como se espalhou, de que modo se adaptou e criou suas culturas.
No Brasil existem diversos tipos de construção que acabam destruindo sítios arqueológicos. Por isso a legislação Brasileira exige que os empreendedores contratem arqueólogos para fazer um levantamento do território arqueológico e resgatar aquilo que for solvável. Em alguns casos, os arqueólogos conseguem desviar determinado projeto de construção para preservar o patrimônio arqueológico.

Lingüística
A lingüística é uma ciência humana que estuda as línguas humanas, suas estruturas internas, suas conexões mútuas, suas historias, sua capacidade de mudança e, principalmente, o significado que elas dão ao homem e a sua cultura. Assim, a língua é o principal meio pelo qual o homem aprende sobre sua natureza e sua cultura.
Estudiosos da língua mostraram que quase todas as línguas faladas na Europa teriam derivado de uma única língua. Porém, existe a idéia do plurigenismo que diz que em determinado momento da diversificação do homo sapiens , varias sociedades humanas teriam estabelecido sua linguagem original.
Algumas línguas contêm mais palavras do que outras, porem todas as línguas possuem as palavras suficientes para representar suas características e propriedades. Porém, nenhuma palavra de uma determinada língua corresponde perfeitamente a uma palavra de outra língua.
As palavras sempre representam alguma coisa real, contudo só fazem sentido por convenção da língua, através de um ordenamento próprio, a gramática.
A Lingüística desenvolveu-se como uma teoria científica bastante sistematizada, por isso é capaz de prever em que direção uma determinada língua poderá mudar, por quais sons e fonemas e por quais arranjos gramaticais.

Antropologia Como Filosofia Da Cultura
A Antropologia é também considerada uma Filosofia da Cultura, pois se interessa pela cultura e seu ser, sendo esse ser a própria representação do homem, o seu espírito.
Para Marx o homem é um ser duplo da natureza e da cultura. Sendo a natureza o principio de onde surgem o homem e a sua cultura. È através do trabalho que o homem vira verdadeiramente um ser cultural. A história da humanidade é a história das transformações culturais; assim toda cultura está em processo de mudanças.
A Antropologia como filosofia da cultura se desenvolve tanto nos aspectos das possibilidades lógicas do conhecimento, quanto da interpretação dos espíritos e no campo dos questionamentos teológicos. 













ANÁLISE DO FILME "PODER ALÉM DA VIDA"

ANÁLISE DO FILME "PODER ALÉM DA VIDA"

O filme “Poder Além da Vida” conta a História de vida de Dan, um jovem atleta de ginástica olímpica, que quer se superar, porém ele não valoriza as pessoas e a natureza que está em sua volta, mas ele  só pensa em ser um bom atleta de Ginástica, não liga para o sentimentos dos outros, não valoriza os amigos e não tem vontade de ter um relacionamento sério com uma garota.
Dan treinava e se dedicava de forma exagerada à ginástica olímpica como uma possível tentativa de esconder um conflito interno, de não viver e sofrer com as próprias questões e dúvidas. Demonstrava uma agressividade para o mundo, ora com descontrole da raiva ora com excessivo controle das outras emoções; como talvez uma tentativa de esconder o medo, medo de falhar ou de não saber quem realmente era. Com isso não percebia seus próprios limites, até mesmo físicos e Sócrates lhe lembra que ele não levava uma vida de atleta; bebia com amigos, dormia mal, comia mal, etc.
Além disso, Dan se apegava a sua imagem de atleta invencível, se atinha às aparências, se sustentando em vaidade. Dessa forma, evitava seu mundo interno, suas questões, seus limites e obrigações.
Dan buscava aprovação externa, mas não sabia o que é dele e o que está nele; reagia ao controle dos outros sem se questionar sobre o que fazia, como fazia e pra que fazia. Buscava a perfeição, tentava corresponder as exigências e com isso ocultava seus próprios conflitos internos.
Dan se revoltou contra os ensinamentos de Sócrates e voltou aos seus hábitos anteriores, de mulheres, bebidas e irresponsabilidades. Saiu correndo de moto e avançou um sinal vermelho e sofreu um acidente. No acidente os ossos de sua perna se partem em pedaços e precisam ser fixados com parafuso e fios de metal. Os médicos diziam que ele andaria com dificuldades e não poderia voltar ao esporte. Ele se revoltou, entra em crise e começa a se questionar sobre a vida e sobre si mesmo, voltou a falar com Sócrates que lhe questiona mais ainda.
Dan começou a se perguntar e se conhecer, entra em contato com as próprias questões, reflete sobre suas atitudes, vivência seus sentimentos, se aproxima das pessoas. Sócrates o leva a ser uma pessoa mais humilde, a conhecer o processo das coisas da vida e a se colocar nas situações. Com força de vontade volta a andar e a treinar, quer provar para si mesmo e para os outros que pode vencer suas limitações, porém segue seus objetivos, sente amor pelo que faz e vive o momento, aprende a valorizar o processo das coisas.
Finalmente, Dan se recupera, volta a executar com precisão a ginástica olímpica, retorna ao time da universidade, mas principalmente enfrenta e vence a si mesmo dando novo sentido a própria vida. Disputa as eliminatórias para as olimpíadas.
Percebemos que no decorrer do filme, Dan, tem a chance de aprender coisas novas e ter novas possibilidades de vida, aprendendo a fazer coisas simples, porém não acredita que isso vá mudar a sua vida. Logo após sofrer um acidente pensa que nunca mais será atleta. Porém ele tem uma segunda oportunidade de finalmente aprender tudo que ignorou e só assim consegue superar seus limites.
Dessa maneira, o filme pode ser utilizado nas aulas de Educação Física, pois ele propõe uma reflexão, partindo do principio de que a competição nem sempre é o fator mais importante, mas a força de vontade para atingir determinado objetivo por mais inatingível que pareça, pode ser uma arma valiosa em nossa vida, no sentido de que superar nossas limitações é mais importante do que ganhar um troféu.
Através do filme podemos trabalhar com o eixo temático: Ginástica, que é a modalidade praticada pelo o personagem principal. Desenvolvendo assim, atividades que sirvam de estímulo a um auto-conhecimento sobre o funcionamento corporal, ou da vida, como prestar atenção nos batimentos cardíacos e na respiração durante a atividade física; promovendo o sentimento do "consegui!", que é melhor do que constantes correções na realização das atividades de movimento; desenvolvendo também atividades e vivências com elementos da natureza, como árvores, água, morro, terra, para que o aluno perceba a beleza das coisas que está a sua volta; Dessa maneira, as atividades devem promover o desenvolvimento integral dos alunos  entre os alunos, para que eles percebam que é muito importante cuidar da saúde e do corpo, mas sem seguir estereótipos de corpos sarados.
A competição também pode ser saudável, mas na escola temos o privilégio de inserirmos outros tipos de atividades utilizando a Ginástica, onde os alunos poderão aprender a respeitar os seus limites e dos colegas, trabalhar em equipe, cooperar, usando a criatividade, através da ludicidade, ou seja, do prazer, sem se preocupar em ganhar ou perder, onde o mais importante é participar. Acreditamos que podemos trabalhar através da ginástica os seguintes conceitos e objetivos:

1-) Valorização Cultural
- Valorizar a cultura de cada região;
- Valorizar o aluno aproveitando suas vivências anteriores;

2-) Diversidade
- Aprender a  valorizar os colegas, respeitando suas limitações;

3-) Criatividade
- Oportunizar a utilização de  materiais.
- Proporcionar a elaboração de coreografias;
- Proporciona prazer, alegria, beleza e estética ao mostrar algo bonito.

4-) Interação Social
- Promover a socialização entre o grupo e as outras pessoas;
- Proporciona a participação de todos;
- Proporcionar bem estar físico e mental, gerando melhor qualidade de vida.

5-) A ginástica como promotora de saúde, lazer e qualidade de vida
- Compreender os benefícios dos exercícios físicos na promoção da saúde e qualidade de vida.
- Conhecer os riscos da atividade física mal orientada.
- Compreender a ginástica como possibilidade para vivência no lazer.
- Compreender a relação entre exercício físico, crescimento e postura.



6-) Alimentação e atividade física
- Compreender a relação entre a alimentação e a prática de atividade física
- Compreender a importância da atividade física na prevenção e no tratamento da obesidade.

Portanto, através do filme “ Poder Além da Vida” podemos mostrar para os alunos que a Ginástica em geral podem ser praticados por todos, não importa a idade, altura, peso, flexibilidade. Pois, ela tem o intuito de promover o lazer, a alegria, interação entre as pessoas, movimentar-se tendo prazer ao mesmo tempo, proporcionando bem estar físico e mental. Proporcionando também a reflexão sobre a nossa vida, para que possamos perceber e valorizar as pessoas e os elementos da natureza que nos rodeia. Levando o aluno a compreender que é importante sentir o prazer pelo que faz, e não só buscar a vitória, mas sim degustar prazerosamente cada movimento realizado. Compreendendo o esporte de rendimento, onde predomina a competição, regras, normas, atletas profissionais, o qual estes se tornam escravos da mídia e da imposição de regras. Compreendendo também a inclusão/exclusão dos sujeitos, reconhecendo as possibilidades corporais de pessoas portadoras de necessidades especiais nas praticas esportivas. Assim, a ginástica possibilita a compreensão de que o esporte é espaço de respeito as diferenças, de construir relações prazerosas e desenvolver os aspectos cognitivo, afetivo e motor.


ANÁLISE DO FILME “ PRO DIA NASCER FELIZ ”








ANÁLISE DO FILME “ PRO DIA NASCER FELIZ ”



  A Educação é um elemento fundamental para a formação do homem. Não apenas a educação escolar, mas a educação no seu sentido amplo, a educação pensada num sistema geral, que implica na educação escolar, mas que não se basta nela, porque o processo educativo começa com o nascimento e termina apenas no momento da morte do ser humano.
O sistema escolar é parte integrante do processo educativo em que a aprendizagem básica é desenvolvida. É o período que os conhecimentos básicos devem ser transmitidos; normas, valores, habilidades... No mundo atual o conhecimento é uma ferramenta de sobrevivência do homem.
Assim, a educação é um direito de todos os cidadãos, garantido em lei: na Legislação Nacional e Internacional/Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, no artigo 13 rege que os Estados-partes no presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à educação. Concordam em que a educação deverá visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e a fortalecer o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda que a educação deverá capacitar todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e entre todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.. Educação que traz paz entre as nações e entre as pessoas.
Na Constituição Federal, no artigo 205, estabelece que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Educação para desenvolver o ser humano.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, votada em dezembro de 1996, no inciso III - O direito humano à educação, a Educação como Direito Humano é um tema novo sob o ponto de vista do seu conceito.
A literatura trata muito mais do tema da Educação para o Direito Humano e muito pouco sobre o tema da Educação como Direito Humano. Educação-humanização.
Temos expresso em lei o direito a educação ao cidadão, que através desta ele possa defender seus direitos, neste sentido o ser humano ao tomar posse do seu direito a Educação, ele possa tomar conhecimento de outros direitos. Assim poderá defender, reivindicar seus direitos a saúde, habitação, meio ambiente, participação política, etc. a educação como formadora do ser humano e sua humanização, também na defesa e constituição dos direitos econômicos, sociais e culturais. Neste sentido a educação desenvolve o ser humano integralmente. O homem torna-se ser humano, saindo de sua espécie animal, primitiva através da educação. Assim, conforme, D’ Ambrosio (1999 ) os conteúdos e métodos de educação precisam ser desenvolvidos para servir as necessidades básicas de aprendizagem dos indivíduos e da sociedade, proporcionando-lhes o poder de enfrentar seus problemas mais urgentes e permitindo que assumam seu papel por direito na construção de sociedades democráticas e no enriquecimento de sua herança cultural.

  No Brasil, nos últimos 8 anos, a Educação foi considerada uma das prioridades pelo governo federal. Muitas das responsabilidades sobre o ensino básico - o ensino infantil, o ensino fundamental e o Ensino Médio - estão nas mãos dos governos estaduais e municipais. Governo federal buscou adequar o sistema de ensino à reforma do Estado brasileiro, imposta pela conjuntura econômica internacional. Condicionado pelo impacto da hegemonia do mercado e pela contenção dos recursos públicos adotados pelo modelo neoliberal, o principal traço das ações foi o de implantar um modelo de reforma do sistema de ensino sem aumentar as despesas, procurando subordinar o sistema educativo às orientações e necessidades prioritárias da economia.
   Na lei tudo é belo, tudo perfeito, mas como mostra o filme “ Pro Dia Nascer Feliz” a realidade do currículo escolar, a realidade vivenciada pelos educandos e professores, pedagogos e demais profissionais da área  a educação, é outra. A educação é condicionada ao mercado de trabalho, ao sistema capitalista, impregnada pelas políticas neoliberais e pela hegemonia dos valores do mercado, muito pouco se veiculou sobre a educação como um direito para a formação para a cidadania, como formação geral do indivíduo. O discurso hegemônico é o de reduzir a educação como função para o desenvolvimento econômico, para o mercado de trabalho, para formar mão-de-obra. Não podemos desqualificar a importância que tem a educação como processo de preparação para o mercado, mas ele é absolutamente insuficiente para explicar todas as dimensões do que é a Educação como Direito Humano.
Percebe-se que a qualidade do ensino no país é bom somente para uma pequena parcela da população, esta pequena parcela freqüenta as escolas privadas que oferecem um nível de ensino bem estruturado, enquanto a outra grande parcela da população encontra um grande numero fora da escola e o outro restante freqüentam a escola pública. Dentre essas escolas há uma grande maioria em que o ensino se encontra em péssimas condições; falta materiais, professores capacitados, etc., estas também não dispõem de um ambiente inadequado para atender as necessidades dos educandos.
A educação torna-se exclusiva e de péssima qualidade, onde priorizam uma modalidade de ensino, deixando a desejar as outras e também pelo elevado número de alunos nas salas de aula, diminuição no tempo das aulas, precária qualificação dos professores, baixa profissionalização com baixos salários, instalações materiais inadequadas, falta de apoio de material pedagógico, formam um conjunto articulado de fatores que fizeram com que a escola pública, antes elitizada, ao se massificar passou a receber uma outra população, mais pobre, com mais dificuldades e com uma cultura escolar diversa. Os sistemas de ensino acabaram mostrando dificuldades em considerar a diversidade cultural de novos grupos sociais. O elevado número de crianças e jovens fora do sistema de ensino, acrescido do processo de retardamento da escolaridade provocado pelos elevados índices de evasão e repetência, acabam por provocar também altíssimas taxas de defasagem idade/série.
O direito a educação aos brasileiros é negado para as classes subalternas, que precisam da escola pública para “conhecer seus outros direitos” que são abafados, negados a todo instante, sem mesmo o próprio tomar consciência que é lhe de direito.
     Portanto, há muita falha no sistema educacional brasileiro, a educação no Brasil está longe de ser a ideal, pois esta necessita uma escola de qualidade com gestores e professores qualificados, o apoio familiar, políticas públicas que atendam as necessidades daquele meio, só assim irão forma indivíduos de bem e responsáveis.


Referências Bibliográficas
D’ AMROSIO, Ubiritan. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e reflexões na educação matemática. In: BICUDO, Maria A. Viggiai (org). Pesquisa em Educação Matemática. São Paulo, Sp: Unesp,1999.

HADDAD, Sérgio. O direito à educação no Brasil – Relatoria Nacional para
o Direito Humano à Educação.  São Paulo: DHESC-Brasil, 2004.


RESENHA CRÍTICA DO TEXTO “NEOLIBERALISMO E POLÍTICA EDUCACIONAL”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Caixa de texto:   

 













RESENHA CRÍTICA DO TEXTO
“NEOLIBERALISMO E POLÍTICA EDUCACIONAL




















AGOSTO/2011
JANAÚBA/MG

NATANA FIORE 
















RESENHA CRÍTICA DO TEXTO
“NEOLIBERALISMO E POLÍTICA EDUCACIONAL”









Trabalho apresentado pela acadêmica Natana Fiore Fagundes Alves como requisito avaliativo na disciplina de Políticas Educacionais Brasileiras orientada pela professora Renata.















AGOSTO/2011
JANAÚBA/MG
RESENHA CRÍTICA DO TEXTO
“NEOLIBERALISMO E POLÍTICA EDUCACIONAL”

O termo neoliberalismo surgiu pela primeira vez no contexto da recessão econômica em 1929 e durante a segunda Guerra Mundial (1939-1945). Na América Latina, a primeira experiência de Neoliberalismo econômico foi realizada no Chile após a queda do governo Allende (1973).
A implementação das políticas neoliberais implicou o redimensionamento do papel do Estado, em que ficou evidenciada a política de desregulamentação estatal e privatização de bens e serviços. Assim, podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio, pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Dessa forma, a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.
No sistema capitalista de produção, as relações sociais estão baseadas na ideologia do liberalismo, defende que cada pessoa atinge um determinado status social baseado nos seus próprios méritos individuais; a liberdade e a propriedade estão associadas na medida em que cada trabalhador é proprietário de sua força de trabalho, livre para vender esta força de trabalho aos proprietários dos meios de produção.
No sistema capitalista, a educação é oferecida como uma mercadoria e a escola tornou-se, na verdade, mais uma empresa à qual se paga pela obtenção de um serviço.
O neoliberalismo, no que se refere à educação, defende a escola básica, universal, laica, gratuita e obrigatória a todos. A proposta no Brasil, por exemplo, é de uma formação geral e polivalente visando a qualificação de mão-de-obra para o mercado. Essa idéia de preparação de mão-de-obra, obviamente, está voltada muito mais ao campo técnico do que propriamente humano. Desse modo, no panorama neoliberalista, o papel da educação é moldado de acordo com os segmentos que a classe dominante julga pertinente para beneficiar os seus interesses. Nessa era capitalista, tais interesses são camuflados atrás de uma preocupação inusitada com a classe pobre e sem qualificação, quando na verdade, os neoliberais pretendem obter mão- de- obra qualificada que sirva às necessidades do mercado e lhe garanta lucratividade.
Percebemos que os neoliberais têm ambiciosas pretensões de reformar a sociedade em seu aspecto político, econômico cultural e educacional. Para alcançar sucesso em seus objetivos, se utilizam de ideologias consistentes para convencer a todos de que são boas as suas intenções e que podem solucionar as crises advindas do modelo capitalista, inclusive a crise educacional.
É necessário perceber as verdadeiras intenções do neoliberalismo e compreender suas facetas enganadoras, pois a princípio a impressão que dá é que, realmente, há uma preocupação com o bem-estar de todos que compõe a sociedade, independente da classe social a qual pertença, não apenas com a parte que fica no topo da pirâmide, com a minoria extremamente privilegiada.
Um bom exemplo das práticas neoliberais são as várias escolas onde a educação é tida como bem de consumo, algo com fins, unicamente, lucrativos. Nesse contexto, a educação não tem o papel de formadora do sujeito em sua completude. Na perspectiva neoliberal, o sujeito deve ser formado para o mercado de trabalho, para suprir as necessidades de mão-de-obra qualificada.
Portanto, é importante e urgente que haja uma verdadeira transformação no âmbito educacional. Isso começará a acontecer quando se praticar a democratização da qualidade da educação, aquela que não só forma o profissional para atuar no mercado, mas também forma um cidadão que reflete e atua na sociedade com consciência e senso crítico.


SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Caixa de texto:   

 















SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”















JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
NATANA FIORE FAGUNDES ALVES















SÍNTESE DO TEXTO “CONTRIBUIÇÃO DE UM PROGRAMA DE JOGOS E BRINCADEIRAS ADAPTADOS PARA A ESTIMULAÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS EM ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA”


Trabalho apresentado pela acadêmica Natana Fiore como requisito avaliativo na disciplina Fundamentos da Educação Especial orientada pelo professor José de Andrade.















JANAÚBA/MG
JUNHO/2012
Síntese do texto “Contribuição de um programa de jogos e brincadeiras adaptados para a estimulação de habilidades motoras em alunos com deficiência física”

O objetivo do texto consiste em verificar a contribuição de um programa de jogos e brincadeiras adaptados para o desenvolvimento de alunos com deficiência física, realizado em uma Escola Estadual que possui salas especiais para deficientes físicos.
Participaram do estudo dois professores responsáveis pelas classes especiais de deficientes físicos, dois estagiários do Curso de Pedagogia e dezoito alunos deficientes físicos.
 Primeiramente, foi feita avaliação das habilidades e dificuldades dos alunos; a seguir foi elaborado e aplicado um programa de intervenção. O programa contou com
17 atividades adaptadas que foram desenvolvidas em vinte e duas aulas, com duração de
uma hora cada.
Durante o processo de desenvolvimento de uma criança, o brincar irá passar por inúmeras transformações, uma vez que o conteúdo das brincadeiras depende: da percepção que ela tem do mundo dos objetos humanos, da necessidade de agir em relação aos objetos acessíveis a ela e da necessidade de agir em relação ao mundo do adulto.
Para Vygotsky (1991), não existe brinquedo sem regras. Qualquer situação imaginária de qualquer forma de brinquedo já contém regras de comportamento, embora
possa não ter regras formais estabelecidas. Da mesma forma, todo jogo com regras estruturadas tem uma situação imaginária.
Leontiev (1991) afirma que o jogo deixa de ser brincadeira no momento em que a vitória, mais do que a participação, torna-se o motivador da atividade como, por exemplo, nos jogos realizados pelos adultos.
Em relação à importância do jogo para o desenvolvimento da criança deficiente, Ide (2000) afirma que o jogo possibilita ao deficiente mental aprender de acordo com seu ritmo e suas capacidades, além de propiciar a integração com o mundo por meio de relações e de vivências.
A criança com deficiência física, devido ao déficit motor, encontra maiores dificuldades e poucas oportunidades para participar de jogos e brincadeiras, pois o seu próprio corpo, às vezes, não funciona como um recurso inicial.
Acreditamos que o ambiente em que a criança vive, inclusive as escolas, deveria ser um local prazeroso. Deveria ser dado à criança o direito de explorar, vivenciar e questionar esse corpo global, por meio de atividades diversificadas que estimulassem o pensar.
Pessoas com deficiência física têm grandes dificuldades para se locomoverem com independência.
Em relação à transferência de posturas, as atividades desenvolvidas possibilitaram aos alunos as seguintes mudanças: da posição sentados na cadeira de rodas para em pé e desta posição para a posição sentados no chão, sentados no chão para posição de joelhos, sentados no chão para a posição de W, da posição sentados no
chão para em pé e desta posição para sentados na cadeira de rodas.
Ratliffe (2000) nos fala que, antes de realizar uma transferência, é preciso: acomodar o equipamento para que fique próximo, solicitar a ajuda de alguém quando preciso, discutir a movimentação com a criança para planejar como ela pode ajudar, planejar cada elevação ou transferência do início ao fim, verificar que o ambiente esteja livre de obstáculos, realizar o movimento a partir de uma base de apoio estável, manter a criança perto de você quando levantar-se, manter as costas retas e usar as pernas para se levantar.
Durante as atividades desenvolvidas, os alunos utilizaram diferentes posicionamentos: sentados no chão; sentados no chão na posição de buda; posição de gatinho; posição de W; de joelhos com tronco ereto; de joelhos sentados sobre as pernas; sentados na cadeira de rodas; sentados no mobiquim; deitados em decúbito
ventral, dorsal ou lateral; em pé.
As atividades realizadas durante o programa possibilitaram a locomoção, com ou sem auxílio, dos alunos. A estimulação dos alunos para se locomoverem contribui para a aprendizagem e coordenação das ações do corpo, para a solução de problemas de ordem corporal em diferentes contextos, para a regulagem e dosagem do esforço em um nível compatível com as possibilidades de planejamento e para a interação com outras pessoas.
Desta forma, as atividades desenvolvidas no programa apresentado no texto parecem ter contribuído para o desenvolvimento sensório-motor, emocional, social e acadêmico dos alunos envolvidos.
Em relação ao desenvolvimento sensório-motor, o programa contribuiu para a estimulação de: manuseio bimanual ou não de diferentes objetos; sensibilidade tátil, gnósica e cinestéica; esquema corporal; de lateralidade; noções espaciais; coordenação motora e inibição de padrão patológico.

Em relação aos aspectos emocionais, o programa proporcionou uma maior
interação; cooperação e afetividade entre os participantes.
Em relação ao aspecto social foram estimulados: a obediência às regras, o respeito ao direito do outro e o estabelecimento de limites.
Em relação aos aspectos acadêmicos, foram estimuladas noções de: volume;
distância; tamanho; espessura; cor; conceitos matemáticos (quantidade, par ou ímpar, contas, maior e menor) e a linguagem.
Portanto, o programa de jogos e brincadeiras proporcionou aos alunos, o desenvolvimento de habilidades e conteúdos específicos: estimulou a capacidade de julgamento, estimulou as habilidades sensório-motoras; a memória e criatividade;  trabalhou cores e conceitos matemáticos (quantidade, números, medidas, formas geométricas, adição, subtração, par/impar); ampliou o vocabulário por meio da expressão verbal;  desenvolveu a capacidade de se relacionar por gestos e expressões. As atividades propostas ofereceram ainda oportunidades para que os alunos vivenciassem experiências e sensações diversificadas e adequadas a realidade de cada um.


SÍNTESE DO LIVRO “POR QUE ARTE -EDUCAÇÃO?”

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA

Caixa de texto:   

 









SÍNTESE DO LIVRO “POR QUE ARTE -EDUCAÇÃO?”











OUTUBRO/2011
JANAÚBA/MG


NATANA FIORE 









SÍNTESE DO LIVRO “POR QUE ARTE -EDUCAÇÃO?”

Trabalho apresentado pela acadêmica Natana Fiore Fagundes Alves como requisito avaliativo na disciplina de Arte, Cultura e Educação orientada pela professora Cláudia Rosane Parrela.









SETEMBRO/2011
JANAÚBA/MG
SÍNTESE DO LIVRO “POR QUE ARTE -EDUCAÇÃO?”
João Francisco Duarte JR

O autor inicia o livro com uma frase de Rubens Alves:
“O sentido da vida é um sentimento”. Assim, através da arte deixamos nossos sentimentos vibrarem ao apreciar uma arte, ou seja, a arte dá sentido a nossa vida.
As aulas de arte sempre estiveram presentes no currículo escolar, mas nem sempre teve o verdadeiro significado, as aulas de arte eram consideradas aula de lazer onde se trabalhava apenas desenhos. Percebemos que a aula de arte servia para se divertir, para aliviar a tensão provocada por professores exigentes. 
O ensino tradicional ou tecnicista estabelece o ensino fragmentado em disciplinas e é claro que para isso são estabelecidos critérios de seriedade para a vida futura, nas quais as disciplinas mais importantes espremiam as aulas de arte. Assim, trabalha-se de forma que não contribui efetivamente para o desenvolvimento dos alunos, pois o vestibular nos aguarda e é na universidade que nos tornamos de fato um cidadão de respeito. Quem sabe, depois de estar com o diploma na mão, nos recordamos “daquelas aulas de arte”, do momento da bagunça, da tinta desordenada sobre o papel, buscando fazer arte moderna, do professor mais tolerante ou quem sabe mais “bobo”, no momento que ao cantar os hinos pátrios desafiávamos e dos artesanatos que confeccionávamos.
Ao lembrarmos desses momentos, chegamos a conclusão que as aulas de arte, serviam para aliviar as tensões que as outras disciplinas e professores sisudos nos causavam. Hoje, aquelas atividades somente servem para nós nos perguntarmos, qual a sua utilidades, além de nos divertir?
Ser útil ou agradável é uma situação conflituosa que surgem na civilização atual, em suma, as coisas úteis, caracterizam seriedade, obrigações a serem cumpridas e as agradáveis, que nos dá prazer, portanto, são aquelas que realizamos após termos cumprido as nossas obrigações e a arte está enquadrada no mundo do prazer. Percebemos que nossas escolas, desde cedo, defende que devemos ser pensantes. As emoções e sentimentos ficam de lado. Os recreios e as aulas de arte são os únicos momentos em que a estrutura escolar permite fluência de nossos sentimentos e emoções.
O autor descreve, no segundo capitulo “ Adestramento e Aprendizagem”, como animais através de experimentos, se adaptam a novas situações para manter a vida e desta forma, nos conduz a pensar sobre situações diárias que nos leva as adaptações para desenvolvermos algumas habilidades que futuramente serão necessárias para auxiliar as tarefas de como sobreviver e garantir a vida. O modelo de aprendizagem do homem vai além dos comandos e se estabelece na dimensão simbólica através da palavra, com sua consciência reflexiva e sua capacidade simbólica, transforma, modifica e até constrói o mundo. A dois fatores essenciais no conhecimento da aprendizagem humana: as vivências (o que é sentindo) e as simbolizações (o que é pensado). Através das palavras procuramos dar um significado ao que vivemos e sentimos. A arte é assim nela exprimimos e imprimimos questões, reflexões, dando um sentindo a existência.
No terceiro capitulo “A educação no contexto cultural”
aborda que o simbolismo de palavras para designar pensamentos surgiu com a necessidade de comunicação da sociedade e é aprendida através da socialização e educação de cada cultura, nelas estão inseridas como falar, vestir, comer, escrever, valores, religião entre outros. Adquirimos uma personalidade cultural e dentro desta cultura que o individuo vê, sente e interpreta o mundo. Assim, somos educados principalmente através do código lingüístico da comunidade em que vivemos.
No quarto capitulo “Linguagem e Arte” o autor descreve que a Linguagem é produto de convenção entre os homens a fim de que seus símbolos guardem um mesmo sentido para todos que a empregam. E a arte é um fenômeno presente em todas as culturas na tentativa de concretizar em formas, o mudo dinâmico do sentir humano.
No quinto capitulo “O Artista e o Espectador” é autor diz que sendo a arte a criação de formas expressivas do sentimento humano, ela precisa de dois elementos, que são vias de acesso a arte, que é o artista e espectador.
O artista é o criador das obras de arte, que ao criar uma arte, não expressa somente seus sentimentos, mas projeta em sua arte tudo aquilo que ele percebe dos homens de sua época e lugar. Assim, os artistas podem ser comparados como antenas, pois captam os sentimentos de todos os homens, mesmo que esses sentimentos não sejam percebidos pelos próprios homens. E o espectador é aquele que aprecia a obra de arte. Assim o espectador é aquele que dar sentido a obra de arte, ele deixa seus sentimentos vibrarem ao apreciarem a obra de arte, e a maneira de vivenciar esses sentimentos depende de cada espectador. Em um drama teatral, por exemplo, pode expressar tristeza, porém a maneira de sentir esse sentimento depende da situação particular de cada espectador.
No 6º capitulo “Fundamentos da Arte – Educação, o autor começa abordando sobre os princípios da civilização ocidental, que são a primazia da razão; que significa que tudo é resolvido através da razão; e os sentimentos e emoções não são considerados, o segundo principio é a primazia do trabalho; significa que na sociedade capitalista, o importante é trabalhar muito para produzir bens, assim acreditam que todas as nossas ações só tem sentido quando produz fins lucrativos; e o por ultimo o principio da natureza infinita; onde é colocado que as matérias primas nunca irão acabar, assim não produz apenas para suprir as necessidades dos homens, pelo contrario, nessa sociedade que vivemos, é criado necessidades nos homens, para vender cada vez mais produtos.
Percebemos, que a arte que desperta nossa imaginação e expressa nossos sentimentos está cada vez mais, sendo afastada de nosso cotidiano e principalmente do contexto escolar. Pois não é permitido que o aluno pergunte, imagine ou crie, pelo contrario na escola apenas transmite perguntas e respostas prontas, reproduzindo aquilo que já existe. Através desse contexto que vivemos, percebemos a importância de se inserir a arte na educação. Porém, arte-educação não significa apenas a inclusão da disciplina “educação artística” nos currículos escolares. Trata –se de permitir que o aluno expresse em todas as disciplinas aquilo que sente e percebe do meio em que vive. Permitindo também que ele tenha um contato direto com os sentimentos da sua e de outras culturas.
No sétimo capitulo “ A Arte- Educação entre nós”, o autor aborda com é vista a arte pela sociedade, que acredita que arte é algo luxuoso, que serve para pessoas desocupadas. Isso porque o objetivo do ensino sempre foi a produção de mão de obra; o adestramento do individuo para o exercício no mercado de trabalho.
Em relação aos profissionais de educação artistica, é notável que muitos leigos vem ocupando o cargo de professor de arte, comprometendo ainda mais o desenvolvimento dos alunos.
É necessário recuperar dentro das escolas o comprometimento humano, pessoal e valorativo com a educação e com a nação. A fim de desenvolver uma real arte-educação e não uma arte-culinária que transmite perguntas e respostas prontas aos alunos para que eles sirvam de mão de obra.

Portanto, a Arte – Educação é permitir que o aluno imagine, crie e aprecie a arte. O contato com a arte de diversos períodos históricos e de outros lugares e regiões possibilita que o aluno amplie a visão de mundo, enriqueça o repertório estético, favorece também a criação de vínculos com realidades diversas e assim propicia o conhecimento de diversas culturas, de valorização da diversidade, de respeito mútuo, podendo contribuir para uma cultura de paz. O conhecimento da arte produzida em sua própria cultura permite ao sujeito conhecer-se a si mesmo, percebendo-se como ser histórico que mantém conexões com o passado, que é capaz de intervir modificando o futuro, que toma consciência de seu direitos e deveres, podendo escolher criticamente seus princípios, superar preconceitos e agir socialmente para transformar a sociedade da qual está inserido.